Base
Bíblica Velho Testamento:
A base bíblica do casamento encontra-se em Gênesis 2:18 -24.
Ele deve ser monogâmico. Gênesis 2:24.
Os profetas empregaram o casamento como símbolo do amor de
Deus para com Israel. Isaías 61:10 – 62:5 – Oséias 2:21-22.
Quase nada se sabe acerca da cerimônia de casamento,
todavia, o evento é mencionado como “tomar por esposa” – Êxodo 2:1. Algum tipo
de banquete era dado para comemorar. Gênesis 29:22.
Cortejos para os noivos eram uma parte importante da
celebração.
O
Noivado
Entre os antigos israelitas o noivado era um contrato que
estabelecida obrigações e era considerada uma parte do casamento. Gênesis 24:58-60.
Pagava-se um dote aos pais da noiva, e este era o elemento central do noivado.
No caso de Jacó o dote tomou a forma de um número estipulado de anos de
serviço; para Davi envolveu realizar uma tarefa específica para Saul. 1 Samuel
18:25. O noivado consistia no estabelecimento de termos do casamento na
presença de testemunhas. A infidelidade de um dos noivos era considerada
adultério. Deuteronômio 22:23 – Mateus 1:19.
O
Casamento
No momento do casamento, a procissão nupcial era a primeira
parte das cerimônias (Salmo 45:15). Os amigos do noivo (João 3:29) saíram, de
regra à noite, para apanhar a noiva e os familiares e convidados dela e
levá-los à casa do noivo. (Mateus 9:15), acontecimento marcado por muita
alegria (Jeremias 7:34). O banquete do casamento ocorria no lar do noivo, uma
refeição tão requintada quanto lhe permitissem os meios. Ao contrário dos
nossos costumes, nenhuma cerimônia religiosa formal fazia parte da cerimônia de
casamento. A união consumava-se na câmara ou tenda nupcial. (Gênesis 24:67).
Do ponto de vista teológico leva-nos a um exame da
terminologia matrimonial empregada por Deus ao definir o Seu relacionamento com
seu povo:
“Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos
é o Seu nome” (Isaías 54:5 e ss.) em Jeremias, o relacionamento matrimonial
existente torna-se motivo de arrependimento: “Porque eu sou o vosso esposo”
(Jeremias 3:14).
Exatamente na conhecida passagem sobre a Nova Aliança, a
aliança anterior é descrita como tendo sido quebrada, situação que é a mais
séria e chocante por “eu os haver desposado, diz o Senhor” (Jeremias 31:32 –
Malaquias 2:11).
Material de pesquisa:Harris, R. L G. L. Jr e A B. Waltke, K.
Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Ed. São Paulo, SP:
Edições Vida Nova, 1999. Pag. 262,554.
Base
Bíblica Novo Testamento:
O casamento como instituição é claramente pressuposto no NT.
Não se baseia nos regulamentos humanos, mas, sim, no
mandamento de Deus, conforme demonstram as referencias freqüentes à história da
criação. (Gênesis 1:27 – 2:24 – Marcos 10:6-7 – Mateus 19:4-5 – I Coríntios
6:16 – Efésios 5:31). Sempre se refere à vida compartilhada entre um homem e
uma mulher.
Embora o NT também encare o casamento essencialmente do
ponto de vista do homem como “kephalé” – “cabeça” – (1 Coríntios 11:3 – Efésios
5:23), as tradições gregas e vetero-testamentárias ficam transcendidas ao ponto
de caírem por terra os direitos especiais do homem, e, em todas as partes do
NT, a vida compartilhada entre o marido e a mulher fica em primeiro plano. (1
Coríntios 7:3 – Efésios 5:21-33 – Colossenses 3:18-19).
O casamento intacto é pressuposto como coisa óbvia em si
mesma para o cristão. (Mateus 5:27-31 – 19:9 – Marcos 10:11-12 – Lucas 16:18 –
1 Coríntios 7:10-16 – 1 Tessalonicenses 4:4 – 1 Timóteo 3:2,12 – Hebreus 13:4).
Tanto no AT quanto entre os contemporâneos de Jesus, um
casamento era a ocasião para uma refeição festiva. A palavra “gamos” no grego
pode significar “festa de casamento”; uma festa deste tipo se descreve em João
2:1-11. Em Mateus 22:1-14, Jesus emprega uma festa de casamento real como
parábola. Como fundo histórico dela, temos o paralelismo entre Deus e o rei, o
conceito da festa escatológica (cf. Isaías 25:6), a figura rabínica das bodas
do Messias como Seu povo, a exposição de Cantares como expressão do amor entre
Javé e Seu povo, e a figura profética do casamento para representar o relacionamento
entre Javé e Israel que se emprega de Oséias em diante.
O casamento terrestre será ultrapassado pela união
escatológica entre Deus e Seu povo. Jesus, sendo o Messias, é o verdadeiro
Noivo.
O fato decisivo é a participação na festa dEle. (Mateus
25:1-13 – Lucas 12:36-40.
O registro da instituição da Ceia do Senhor (Mateus 26:29 –
Lucas 22:30) vincula a refeição messiânica com a explicação da morte de Jesus.
As Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7 e segs.) significam a união final entre o
Cristo triunfante e os Seus.
Material de apoio:BROWN, Colin. “Conversão”,
Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento (DITNT), eds.
Lothar Coenen, e Colin Brown. São Paulo: Vida Nova, 2000, v.1, p. 298-299.
Minhas
Considerações Finais:
...Se na Bíblia Sagrada encontramos a instituição do
casamento logo nos primeiros capítulos do primeiro livro (Gênesis)...
...Se em várias passagens das Sagradas Escrituras o Espírito
Santo toma a analogia do matrimonio para descrever o relacionamento ÚNICO e
verdadeiro de Deus para com Seu povo...
...Se Cristo é descrito como O NOIVO que realizará as BODAS
com Sua Noiva (a Igreja), portanto, Ele não “vai ficar” com ela, mas se casar
em definitivo com ela...
...Se o próprio Jesus tomou por importante começar Seu
ministério numa festa de casamento (João 2)...
...Se ainda que devemos nos submeter à lei do nosso país (1
Pedro 2:13-14)...portanto, casar-se legalmente...
...E ainda que filhos de pais não legalmente casados são
considerados "bastardos" (cf. Deuteronômio 23:2 - Hebreus
12:8)...
Então, fica a critério de cada um aplicar-se a 2 Coríntios
13:5 “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.
Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que
já estais reprovados”.
Vilson Ferro Martins