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terça-feira, 26 de junho de 2012

Vida no lar!

Os maridos devem tornar o lar feliz e sagrado. 
O pássaro que suja o próprio ninho é doente, e o homem que torna seu lar miserável é mau. Nossa casa deve ser uma pequena igreja com a santidade de Deus acima da porta, mas jamais deve ser uma prisão em que há um monte de regras e ordens, mas pouco amor e nenhum prazer. A vida de casado não é sempre doce, mas a graça no coração mantém afastada a maior parte das amarguras.

A religiosidade e o amor edificam o homem, assim como o pássaro em uma reserva que canta entre espinhos e arbustos também faz com que os outros cantem. O marido deve ter prazer em agradar sua esposa, e a esposa, esmero em cuidar do seu marido. Quem é gentil consigo mesmo é gentil com sua esposa. Receio que alguns homens vivam pela lei do individualismo, e quando esse é o caso, a felicidade do lar é uma farsa.

Quando os maridos e as esposas são muito unidos, como sua carga se torna leve! Nem toda dupla é um par, o que é uma pena. Em um lar verdadeiro toda a disputa é para ver quem pode fazer o melhor para tornar a família feliz. Um lar deve ser um santuário, não uma Babilônia. O marido deve ser o "vínculo do lar", unindo como uma pedra angular, e não esmagando tudo como uma pedra de tropeço. Maridos grosseiros e dominadores não devem ter a pretensão de ser cristãos, pois agem totalmente contra os ensinamentos de Cristo.

Por outro lado, um lar deve ser bem comandado ou se torna uma confusão e um escândalo para a igreja. Se o pai larga as rédeas de casa, o treinador da família logo está no fosso. Uma mistura sábia de amor e firmeza possibilita um bom comando, mas nem a aspereza nem a amabilidade sozinhas mantêm um lar feliz.

Um lar não é um lar se as crianças que vivem nele não forem obedientes; é mais uma dor que um prazer estar nele. Feliz é quem consegue ser feliz com seus filhos, e felizes são as crianças que estão felizes com o pai que têm. Nem todos os pais são sábios. Alguns são como Eli e estragam seus filhos. Não se opor aos nossos filhos é o caminho para transformá-los em uma cruz em nossa vida.

Os que nunca castigam os filhos não podem se admirar se seus filhos se transformarem em um castigo para eles. Salomão ensina: "Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma". Eu não estou certo de que hoje haja alguém mais sábio do que Salomão, apesar de alguns pensarem que são. Os potros novos devem ser freados ou viram em cavalos selvagens. Alguns pais são apenas irritação e fúria que inflamam à menor falta; isso é pior ainda e transforma o lar em um pequeno inferno, em vez de um paraíso.

Sem vento o moinho fica preguiçoso, contudo, o excesso de vento danifica o moinho. Em geral, os homens que golpeiam com a sua raiva perdem seu limite... Vai tudo bem quando Deus nos ajuda a segurar as rédeas firmemente, mas sem machucar a boca dos cavalos. Quando o lar é governado de acordo com a palavra de Deus.

As esposas deveriam sentir que o lar é o seu lugar e o seu reino, e que a felicidade dele depende, sobretudo, delas e se forem esposas más levarão os maridos para longe com suas línguas afiadas. Outro dia um homem disse para sua esposa: "Dobre seu chicote." Ele dizia para ela manter a língua quieta, é uma desgraça viver com esse tipo de chicote sempre o açoitando.

Uma esposa, descuidada, negligente e bisbilhoteira é o bastante para deixar o marido louco; e se isso o levar ao bar, ela será a causa disto. É doloroso viver em um lugar em que a esposa, em vez de reverenciar o marido, está sempre brigando e falando mal dele. Deve ser bom quando essas mulheres ficam roucas, é uma pena que elas não tenham tantas bolhas na língua quanto os dentes que têm em suas mandíbulas. Deus nos livre a todos das esposas que são anjos nas ruas, santas na igreja e demônios em casa.

Mostre-me um marido amoroso, uma esposa valorosa e crianças gentis, e nem uma parelha de cavalos das que estão sempre voando ao longo da estrada conseguiria, em um ano, levar-me onde eu pudesse ver uma cena mais agradável. O lar é a maior de todas as instituições.

Se eu não tivesse lar, o mundo seria uma grande prisão para mim.

Charles Haddon Spurgeon
Sabedoria Bíblica - Conselhos simples para pessoas simples.

domingo, 24 de junho de 2012

Aborto

 
O QUE A BÍBLIA ENSINA ACERCA DO ABORTO

No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. No Novo Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras para descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade adulta.

A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido, estando no ventre de sua mãe.

Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças. O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).

Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando "filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis meses antes, para ser preciso).

A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para descrever sua concepção: "Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]". Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um "macho" ou ainda um "marido". Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida ("crianças que nunca viram a luz") com reis, conselheiros e príncipes.

Todos esses textos bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, ou em delinear estágios do ser – ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a continuidade de uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever o ainda não nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido, no tocante a ser e com referência a seu valor pessoal.

E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas. No Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano. Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança e a está moldando (Salmo 139.13-16).

Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?"

Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste".

O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos que ainda hão de nascer".

O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".

Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que estão no ventre materno.

Esses versículos e outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5) demonstram que Deus enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas. Não há outra conclusão possível. Precisamos concordar com o teólogo John Frame: "Não há nada nas Escrituras que possa sugerir, ainda que remotamente, que uma criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que uma pessoa humana, a partir do momento da concepção".[1]

À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos das Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise, as pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por Ele.

E se você já fez um aborto?

Você já fez um aborto? Onde quer que se encontre, queremos que você saiba que o perdão genuíno e a paz interior são possíveis, e que uma verdadeira libertação do passado pode ser experimentada.

Deus é um Deus perdoador:

"Porém tu [és]... Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em bondade" (Neemias 9.17b).

"Pois tu, SENHOR, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te invocam" (Salmo 86.5).

Aliás, Deus não apenas perdoa, Ele, de fato, "esquece":

"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43.25).

Você poderá encontrar perdão agora mesmo simplesmente colocando sua confiança em Jesus Cristo. Você pode confiar nEle, virando as costas para os caminhos que você tem seguido, reconhecendo e confessando seus pecados a Ele, e voltando-se para Cristo com a confiança de que através do Seu poder, Ele haverá de lhe conceder perdão e uma nova vida. Se você deseja ter seus pecados perdoados, se deseja estar livre da culpa, se quer ter nova vida em Cristo, se quer conhecer a Deus, e se você sabe que é amada por Ele, sugerimos a seguinte oração:

Querido Deus, eu confesso o meu pecado. Meu aborto foi coisa errada e eu agora venho à Tua presença em busca de perdão e de purificação. Peço que não apenas me perdoes esse pecado, mas que me perdoes todos os pecados de minha vida. Eu aceito que Jesus Cristo é Deus, que Ele morreu na cruz para pagar a penalidade pelos meus pecados, que ressuscitou ao terceiro dia, e que está vivo hoje. Eu O recebo agora como meu Senhor e Salvador. Eu agora aceito o perdão que Tu providenciaste gratuitamente na cruz e que me prometeste na Bíblia. Torna o teu perdão real para mim. Eu peço isso em nome de Jesus. Amém.

(John Ankerberg e John Weldon) - http://www.chamada.com.br
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